domingo, 3 de fevereiro de 2013

Material escolar: feiras de usados promovem consumo consciente

Como pais, alunos e professores se envolvem com práticas de doação e troca, economizam na conta e ainda contribuem para um futuro sustentável
Janeiro é época de iniciar a compra do material escolar contido nas listas enviadas pelas escolas para o início do ano letivo. Pesquisar os melhores preços, fazer compras de grande volume em conjunto com os pais de outros alunos, reutilizar materiais do ano anterior ou trocar materiais com os pais de outros alunos já são práticas comuns. Trocar, doar e passar para frente itens usados como livros, objetos de papelaria em bom estado e uniformes são soluções cada vez mais utilizadas para diminuir gastos. Ao mesmo tempo, essas atitudes também contribuem para reduzir o impacto ambiental negativo sobre os recursos naturais utilizados na fabricação de novos materiais a cada ano.
 

Algumas escolas têm facilitado o acesso a materiais usados, promovendo, por exemplo, feiras de livros. Ninguém gosta de jogar fora um livro, pois é algo de valor. Por isso, o melhor é encaminhar para doação.  Para evitar o desperdício, é importante conservar o material da melhor maneira possível. Um caderno que não terminou, por exemplo, pode ser usado no ano seguinte.

Livro Livre (Foto: Divulgação/Gracinha)
A feira "Livro Livre" (foto), promovida na escola Nossa Senhora das Graças, proporciona doação e troca de livros usados desde 2010 e, segundo sua coordenadora, "catalisa uma mudança na cultura da necessidade do novo". Mãe de ex-alunos do colégio, Vilma conta que em 2012 foi feito um levantamento sobre a economia dos pais na compra de material didático após a adesão à feira. “Percebemos que os pais chegavam a economizar em média R$ 350,00 na compra de livros”, alerta.
 

A cada ano, milhares de alunos compram materiais novos para as aulas, enquanto outros descartam ou acumulam itens que não têm mais uso, ou que ficaram esquecidos em casa. Promover a troca e doação destes materiais é uma solução por meio da qual todos são beneficiados: alguns têm as necessidades básicas de material escolar atendidas sem pesar no orçamento, enquanto que outros dão melhor destino para itens que poderiam ser desperdiçados, acumulados ou jogados fora sem necessidade.
 

Na Escola Stagium, em Diadema, a recomendação sobre o reaproveitamento dos materiais é feita por escrito para que os pais aproveitem o material e façam a reposição somente do necessário.
 
Incentivo que veio dos pais
No Colégio Franciscano Nossa Senhora Aparecida, as feiras de trocas de livros são realizadas desde 2008 e contam, em média, com a participação de mais de cem famílias por evento. A troca de livros já era realizada informalmente entre alguns pais antes da criação da feira. A escola investiu na criação da feira para ajudar os pais e incentivar a prática de consumo consciente.

 

Trocar, doar e compartilhar são formas de promover o consumo consciente e a sustentabilidade, além de contribuir para que pais, alunos e professores reflitam sobre o consumo, cidadania, desperdício, utilização de recursos naturais, lixo e meio ambiente.
 

Procure se informar se a escola do seu filho já tem esse tipo de iniciativa. E se não tiver, não seria uma boa oportunidade de propor uma?

Fonte: Akatu

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