Cada vez mais se fala em consumo consciente. Aqui no Blog já falamos disso diversas vezes, mas a cada ano, a cada data comemorativa, somos bombardeados por propagandas que exibem a "vida perfeita", o "carro do ano", o "melhor computador" e por ai vai... O Natal se tornou mais uma data comercial, quando muitas pessoas se endividam para adiquirir os melhores produtos e presentes. Por sorte, uma grande parte de população já começou a perceber a "roubada" e este ano foi declarado o Ano das Lembrancinhas.
Acho legal mostrar que as pessoas são importantes para nós e que nós nos lembramos delas com carinho. Mais um motivo para que a lembrança tenha realmente significado: porque não dar um presente hand made (feito à mão)? Que tal um presente feito em casa, como uma garrafa de licor ou uma lata de biscoitos? Esse assunto rende muita discussão, então deixo aqui algumas dicas sobre consumo consciente. Algumas delas até já apareceram por aqui, mas sempre é bom reforçar.
Evite excessos no consumo
Só os americanos, com 5% da população mundial, abocanham uma
fatia de 32% do consumo global. Se todos vivessem como os americanos, o
planeta só comportaria uma população de 1,4 bilhão de pessoas. Nossas
classes A e B+ têm padrão de consumo semelhante.
Não compre produtos piratas ou contrabandeados
Pagar menos por produtos piratas ou
contrabandeados não compensa: você estará contribuindo com o crime
organizado e com o consequente aumento da violência no seu bairro, na
sua cidade, no seu país.
Dispense os pacotes para presente
No Natal sugira aos convidados que os presentes podem vir sem
embrulhos enfeitados, que gastam um monte de papel, fita, laço e
plástico. Pacotes de presente devem desaparecer na transição para a
sociedade sustentável, comece a mudança na sua festa. Inicialmente pode
até parecer estranho, mas será um bom exemplo. Quem sabe seus parentes e
amigos não começam a fazer igual?
Faça doações
Troque os seus presentes em benefício de
ONGs e entidades de ação social. Avise aos convidados que, em vez de
lembranças para você, eles devem depositar o valor correspondente na
conta da entidade.
Leve seu filho às compras
Decida
com eles quanto gastar, o que comprar e, juntos, discutir os fatores
socioambientais que levaram a escolha do produto e da empresa
fornecedora. Desse modo, com paciência, é possível ensinar à garotada
que as escolhas têm impacto na saúde, no bolso e na natureza. Afinal,
elas estão na fase inicial de compreensão do mundo e quanto mais cedo
começarem a lidar com a responsabilidade de preservar o meio em que elas
também vão criar seus filhos, tanto melhor.
Se parcelar o pagamento, analise a taxa de juros
Fazer compra parcelada com juros sai
caro e é sempre um risco. Não olhe apenas a prestação, mas o preço final
parcelado. Muitas vezes, com o valor final daria para comprar até três
do mesmo produto. Isso quer dizer que você vai trabalhar muito mais para
comprar a mesma coisa. Só parcele ou tome emprestado se você realmente
precisar.
Valorize moedas e o troco
Pequenas despesas pesam muito no
orçamento. Uma pessoa que economize R$ 1,00 por dia, durante 66 anos de sua
vida, e coloque este dinheiro na poupança, acumulará R$ 284 mil ao
final desse período. Já é uma boa aposentadoria!
Use o 13º salário para quitar dívidas do Ano Velho
As taxas de juros sobre os saldos devedores do cartão de crédito e do
cheque especial são muito elevadas. Portanto, zerar essas dívidas para
iniciar o Ano Novo sem pagar juros é um ótimo negócio. A dica é fazer
como já foi declarado por 60% dos brasileiros, que pretendem
usar o 13º salário para quitar débitos antigos. E mesmo para quem
estiver com a conta no azul, vale reservar parte do 13º para enfrentar
as despesas típicas do início do ano, como gastos com férias, IPVA,
IPTU, matrículas, material e uniformes escolares.
Repensar o consumo de produtos
A fabricação de qualquer produto envolve extração e processamento de
matéria-prima, uso de água e de energia na produção, além do gasto de
combustível no transporte até as lojas. Todos esses processos causam a
emissão de gases de efeito estufa. Repensar seu consumo antes de comprar
um produto novo. Indague-se se não dá para reaproveitar, usar por mais
tempo ou procurar consertar o que está quebrado.
Faça a tradicional listinha antes das compras
Em média, um terço do que compramos em
alimentos vai direto para o lixo, porque compramos a mais e estraga. Em
um ano, cada família média brasileira acumula um desperdício de 255,5 kg
de comida no lixo. Se poupasse o valor jogado fora, a mesma família
acumularia quase R$ 1 milhão ao longo da vida.
Mesa farta, mas consciente
Compre apenas a quantidade de alimentos e
bebidas que você estima que realmente será consumida, assim evita o
desperdício. Prefira produtos cultivados na sua região, reduzindo assim o
custo de transporte e o desperdício.
Separe as garrafas PET para reciclagem
Entregar as garrafas PET para reciclagem
reduz lixo e gera empregos no país. O Brasil joga fora metade das
garrafas, e nossas indústrias importam PET.
Não jogue óleo usado na pia
Um litro de óleo jogado na pia polui até 25 mil litros de água.
Prefira produtos não embalados e sem isopor
Embalagens tipo “caixinha-dentro-de-saquinho-dentro-da-sacola-e-do-sacolão” geram muito lixo.
Leve sacola retornável ao fazer compras
Saco plástico chega a 40% das embalagens jogadas no lixo e leva até 400 anos para se decompor.
Reciclar produtos diminui o lixo
De cada dez caminhões de lixo recolhido
no Brasil, apenas um vai para reciclagem. Escolher produtos com menos
embalagens e enviar tudo que puder para reciclagem ajudam a reduzir a
montanha de lixo.
Recicle latinhas de alumínio
Uma latinha de alumínio feita a partir de minério virgem gasta 20 vezes
mais energia elétrica para ser produzida do que uma latinha feita de
alumínio reciclado. Portanto, recicle as latinhas, assim você evita a
extração de mais minério e, ao mesmo tempo, economiza energia.
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